terça-feira, 17 de março de 2009

A FLORESTA NÃO VAI VIRAR SAVANA, DIZ ESTUDO


Muitas projeções, como as do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), apontam que a floresta Amazônica poderia virar, até meados deste século, uma savana (vegetação tipo o cerrado da Chapada do Araripe), caso as emissões de gases do efeito estufa e o desmatamento não forem controlados. Esse risco existe, porém é mínimo, diz estudo feito por cientistas britânicos com base em 19 modelos climáticos e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. O regime de chuvas deve mudar, sim – mas não a ponto de descaracterizar a vegetação local. As principais conclusões do trabalho:
A quantidade de chuvas na região é subestimada. Mesmo com a redução das precipitações a umidade será suficiente para manter as florestas frondosas.
A parte oriental, a próxima a ao Domínio Morfoclimático das Caatingas, a mais vulnerável, pode se transformar em florestas sazonais, com estações secas e úmidas.
As florestas sazonais podem favorecer o surgimento de novas espécies.
As maneiras de preservar a Amazônia, segundo o levantamento científico, são as velhas conhecidas: controle global de emissões de gases e ações governamentais para impedir o desflorestamento. O relatório tem dois méritos. O primeiro é a abrangência de dados. O segundo é a tentativa de pôr fim ao alarmismo sobre a questão e, dessa maneira, ajudar na tomada de decisões mais realistas e efetivas.

Nenhum comentário: